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Hernâni Dias responde às críticas de Júlia Rodrigues classificando as declarações da autarca de Mirandela como "lamentáveis"

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Qui, 11/01/2018 - 16:56


“Declarações lamentáveis”. É desta forma que Hernâni Dias, autarca de Bragança e presidente da administração da Resíduos do Nordeste classifica as críticas da presidente do Município de Mirandela, à condução do processo de recolha de lixo nos cinco Municípios da Terra Quente Transmontana, depois da greve dos funcionários, na última semana de 2017. 

Júlia Rodrigues entende que devia ter sido a empresa intermunicipal a ter uma atitude pró-activa na procura de uma solução para a recolha do lixo, nesse período de greve e não os municípios, e garante que vai apresentar a factura dos custos com essa despesa acrescida, na próxima reunião da Resíduos do Nordeste.
Depois de ter sido confrontado com as críticas da autarca socialista, Hernâni Dias não quis responder, mas 24 horas depois optou por reagir. O autarca de Bragança diz que a Resíduos do Nordeste agiu em conformidade com a situação de greve, estando garantidos os serviços mínimos e quanto à questão da factura a pagar, Hernâni Dias responde que, como não houve recolha, nesse período, não haverá lugar a facturação
“ Eu acho no mínimo lamentáveis as declarações da senhora presidente da câmara municipal de Mirandela. De facto, é preciso saber estar na vida política e respeitar as entidades, ainda por cima aquelas das quais fazemos parte. No período de greve foram assegurados os serviços mínimos obrigatórios por lei de serem garantidos, não podendo os municípios substituir-se à empresa que está em greve, sob pena de estar a violar a lei. A verdade é que tanto em Mirandela como nos outros concelhos houve essa preocupação de garantir que houvesse o menor impacto possível. A verdade é que se não houve recolha também não haverá facturação correspondente.”
A resposta de Hernâni Dias às críticas da presidente da câmara de Mirandela. Entretanto, apesar de não querer comentar o impasse laboral que envolve os trabalhadores da recolha do lixo e as empresas, o presidente da administração da Resíduos do Nordeste faz questão de sublinhar que a empresa intermunicipal, que faz a gestão dos resíduos do distrito de Bragança, actuou em conformidade com os princípios da legalidade e transparência, e numa estratégia aprovada, por unanimidade, na assembleia do dia 19 de Dezembro, dia em que tomou posse como presidente da administração.
“Em 2016 a Resíduos do Nordeste notificou a FCC que o contrato terminaria em 2017. Esta empresa apenas em 2017, acho que em Dezembro, comunicou aos trabalhadores que iriam transitar para uma nova empresa, significa que o atraso deveu-se não pelo facto da Resíduos do Nordeste não ter comunicado atempadamente esta situação e a verdade é que esta situação da FCC motivou também um pré-aviso de greve no dia 17 de Dezembro na Assembleia Geral da Resíduos do Nordeste, onde eu fui eleito presidente do conselho de administração, foi decidido por unanimidade, onde estava presente também a senhora presidente da câmara municipal de Mirandela, que a Resíduos do Nordeste devia seguir com os concursos públicos já lançados, cumprindo com todos os princípios da legalidade e da transparência e até do interesse público, que lhe cabe prosseguir como é lógico.”         
No entanto, Hernâni Dias admite algumas dificuldades na primeira semana de funcionamento da nova operadora responsável pela recolha do lixo, nos cinco municípios da Terra Quente, mas espera que tudo fique normalizado até ao final desta semana.
É a reacção do presidente da administração da Resíduos do Nordeste, às críticas da presidente do Município de Mirandela, Júlia Rodrigues, sobre a condução do processo de recolha do lixo, durante e após o período de greve dos funcionários. Escrito por Terra Quente (CIR)