Frio gera corrida aos aquecedores eléctricos

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Qui, 08/01/2009 - 08:24


O frio fez esgotar os aquecedores eléctricos em algumas lojas de electrodomésticos de Bragança. Ainda assim os transmontanos têm suportado bem as temperaturas negativas que se têm feito sentir nos últimos dias.  

A vaga de frio que está a afectar a região transmontana está a causar uma corrida aos aquecedores.

A compra destes aparelhos já fez esgotar stocks em algumas lojas de electrodomésticos.

O tempo frio exige cuidados especiais com crianças e idosos.

Nas escolas de Bragança, pelo menos, não se bate o dente.

Os mais velhos dizem que já estão habituados às temperaturas baixas.

 

O frio polar chegou a Bragança e deverá manter-se nos próximos dias.

As temperaturas baixas, com as mínimas a rondar os seis graus negativos, obrigam muitos transmontanos a recorrer à compra de aquecedores.

Há lojas em Bragança onde os aparelhos esgotaram. “Procuram mais os termo-ventiladores, aquecedores a óleo e de halogéneo que é mais económico e alguns modelos esgotaram mas passados dois dias conseguimos repor os stocks” refere Aníbal Ferreira, proprietário de uma loja de electrodomésticos.

O mesmo cenário já não se verifica no caso do gasóleo para aquecimento. “Não notei que houvesse um grande aumento, são os clientes habituais que pedem normalmente” afirma Horácio Galvão, responsável de um posto de abastecimento.

 

As crianças são um dos grupos de risco mas as escolas estão equipadas com sistemas de aquecimento e os mais pequenos parecem não ter frio dentro das salas.

Pelo menos, foi o que verificamos na Escola Primária do Loreto.

“Eu aqui não sinto frio, só na rua, quando vamos para o intervalo” refere Joana Pinto, uma aluna. Ainda assim ontem vestiu mais um agasalho porque “a minha mãe sabia que estava muito frio”. O Tiago Fernandes também protegeu a cabeça com um gorro porque “ontem tive frio e ainda apanhava uma constipação”.

 

As escolas primárias do concelho de Bragança estão todas equipadas com sistemas de aquecimento que vão desde os radiadores eléctricos até caldeiras a gás ou a gasóleo. “As crianças não têm frio dentro da escola” garante a vice-presidente do conselho executivo do Agrupamento Paulo Quintela pois para além do aquecimento “estão dotadas de caixilharias com vidro duplo”. No entanto, Alice Lopes admite que nos estabelecimentos de ensino localizados no meio rural “o aquecimento não é tão eficaz porque são edifícios que já foram construídos há algum tempo, mas mesmo assim as crianças não têm frio”.

 

Ainda assim, os pais procuram evitar as gripes e as constipações. “Pus-lhe mais camisolas” refere Mónica, uma encarregada de educação. “Agasalhei-a mais por causa do frio” acrescenta. José Ribeiro também reforçou as peças de vestuário do filho “mas eles estão bem quentes na escola”.

 

Os mais idosos também acabam por sofrer com o frio, mas “eu como transmontano já estou habituado a isto” afirma Domingos Ferreira. Ainda assim Etelvina Amendoeira protegeu hoje a cabeça com um lenço porque segundo ela” as pessoas constipam-se pela cabeça”. Já Martinho Vaz diz que “na minha mocidade os Invernos eram mais fortes que agora e sobrevivia-se” pois naquela altura “não havia casas aquecidas como há agora e andávamos sempre a tremer com frio”.

Escrito por Brigantia