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Freixo Duarte d'Armas com mais de 500 anos foi classificado como Árvore de Interesse Público

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Qui, 17/01/2019 - 17:42


Foi hoje publicado em Diário da República o despacho que classifica o Freixo de Duarte d’Armas, em Freixo de Espada à Cinta, como árvore de interesse público.

O pedido de classificação do exemplar único com mais de 500 anos foi feito pelo Município de Freixo e em Dezembro aprovado pelo Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), e hoje publicado.

Segundo o documento “mostram-se reunidos os critérios gerais de classificação e parâmetros de apreciação” do exemplar, como o porte, ao apresentar grandes dimensões: 4,10 metros de perímetro do tronco na base, enquadrando-se no parâmetro de apreciação da monumentalidade.

O ICNF também salienta o desenho do freixo como factor de classificação, ao justificar que apresenta “morfologia e fisionomia invulgares” conferidas pelo “porte imponente do seu tronco oco e cariado de grande beleza plástica”.

A idade foi o terceiro argumento para atribuição de interesse público, já que o freixo vem representado na gravura desenhada em 1517 por Duarte de Armas, tendo assim sido estimada a esta árvore uma idade superior a 500 anos.

Na publicação, o ICNF refere que este exemplar isolado da espécie vulgarmente conhecido por freixo "não apresenta sinais de pouca resistência estrutural, de mau estado vegetativo e sanitário ou risco sério para a segurança de pessoas e de bens", isto depois de uma intervenção por parte de uma equipa da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, que resolveu problemas fitossanitários.

Com esta classificação ficam "proibidas quaisquer intervenções que possam destruir ou danificar" o freixo centenário, como o corte de ramos ou raízes, escavações no local, o depósito de materiais ou utilização de produtos fitotóxicos na zona geral de proteção estabelecida de 8 metros em redor da árvore.

O freixo centenário conta também com vários clones, tendo o primeiro sido plantado no Palácio de Belém, em Lisboa. Escrito por Brigantia.

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro