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“Fervença Conta… Histórias da Raia” recriou serão transmontano em Rio de Onor

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Qua, 07/12/2016 - 09:50


O projecto da Orquestra Fervença foi até às aldeias de fronteira do concelho de Bragança ouvir histórias à lareira. A iniciativa “Fervença Conta… Histórias da Raia” recriou em cinco localidades os tradicionais serões transmontanos, em que a distração principal era a conversa. A última destas sessões aconteceu na aldeia Rio de Onor.    

Uma lareira, alguns petiscos e histórias foram os ingredientes principais para recriar um serão transmontano tradicional em Rio de Onor. Numa aldeia atravessada pela fronteira as histórias de contrabando ou convívio com os espanhóis são muitas.

Ouvir e contar histórias de outros tempos, reais ou anedóticas, ao calor da lareira. Foi tão simples quanto isto recuperar esta prática ancestral.

Os participantes na iniciativa mostraram-se satisfeitos por reviver esta tradição.

Mariano Preto de 84 anos achou que foi “um serão bonito, como os de antigamente”. “Não havia televisão, conversávamos, cada um dizia sua coisa, a sua “piadesca”. É o convívio de antigamente a lareira comer na mesa todos juntos”, recordou.

De acordo com Ana Bragança, da Orquestra Fervença, esta é uma das iniciativas que manteve a actividade deste projecto durante o período do Inverno, nos meses de Novembro e Dezembro.

“É uma forma de a Orquestra Fervença sair da cidade de Bragança, ir às aldeias. Desvia um pouco da música que é o eixo central do projecto mas vimos ouvir e contar histórias a cinco aldeias fronteiriças, da raia”, destacou.

Foram momentos de celebração e encontro em cinco aldeias do concelho de Bragança

Uma tradição avivada por estes dias, com a música de Paulo Meirinhos dos Galandum Galundaina a acompanhar a actividade.

Para além de Rio de Onor, Quintanilha, Babe, Caravela e Milhão foram outros dos locais onde se realizaram sessões da iniciativa “Fervença Conta… histórias da raia”.

A Orquestra Fervença encerra este ano de actividades a 22 de Dezembro com um concerto no Teatro Municipal de Bragança, que abre a participação a todos os interessados e será dirigido pelo maestro Tim Steiner. Escrito por Brigantia.

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro