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Faurecia retoma actividade com todos os funcionários depois de três meses em Lay-off

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Qua, 08/07/2020 - 09:01


O recurso ao Lay-off durante a pandemia terá sido a solução escolhida por várias empresas para manterem os postos de trabalho.

A Faurecia, em Bragança, umas das empresas com mais impacto económico e com maior número de trabalhadores na região, também recorreu ao sistema.

Contactada pelo Jornal Nordeste, a empresa esclareceu que 94% dos funcionários estiveram em Lay-off entre 31 de Março e 20 de Abril. E cerca de 60% dos trabalhadores mantiveram-se em lay-off até ao fim do mês de Junho. Neste momento já não conta com nenhum funcionário naquelas condições e está a produzir sem qualquer “redução do horário dos turnos”.

Relativamente à possibilidade de atingir o mesmo nível de produção que se verificava antes da pandemia, a empresa considerou que é necessário ser “realista” e não criar “cenários demasiado cor-de-rosa”. Foi ainda adiantado que a produção está a ser retomada de forma gradual e que evoluirá consoante a economia nacional e mundial.

A empresa esclareceu ainda que os horários e locais de pausa, refeições e espaços de trabalho foram definidos com limitação de pessoas e marcações de lugares. A limpeza destes espaços está a ser feita também com mais frequência. Os trabalhadores usam máscaras e óculos durante o tempo que estão nas instalações.

Rui Pereira, um delegado sindical na Faurecia, disse não ter havido despedimentos, mas muitos contratos, mais de 200, não foram renovados.

“A empresa tinha muitos trabalhadores subcontratados, com contratos renovados automaticamente mês a mês, mas essas pessoas não viram o seu contrato renovado. A empresa optou por salvaguardar todos os operadores efectivos”.

Neste momento, a preocupação dos trabalhadores, segundo Rui Pereira, está relacionada com possibilidade de despedimentos devido à quebra de produção. 

Apesar da dificuldade em adquirir matéria-prima para produzir as peças de automóveis, segundo o delegado sindical, Rui Pereira, estão a conseguir entregar os produtos “quase sempre a tempo”. Até agora ainda não se registou nenhum caso de Covid-19 na fábrica.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Ângela Pais