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Distrito de Bragança só tem uma Unidade de Saúde Familiar

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Seg, 08/09/2008 - 09:17


Há um ano que entraram em funcionamento as primeiras Unidades de Saúde Familiar no país. Já são 141, mas até ao momento só há uma no distrito de Bragança. As autoridades de saúde reconhecem que no interior do país não está a ser fácil instalar este tipo de serviço de saúde.

Para se constituírem, a iniciativa tem de partir das equipas de médicos, enfermeiros e administrativos dos centros de saúde que apresentam uma candidatura à Missão para os Cuidados de Saúde Primários.

No entanto, no distrito de Bragança não tem havido motivação para isso e a coordenadora da sub-região de saúde aponta alguns factores que podem justificar esta situação. “Tem havido alguma dificuldade, talvez porque também temos centros de saúde pequenos, e até as próprias distâncias tornam isto difícil”, revela Berta Nunes referindo que “por outro lado esta reforma implica uma mudança para o futuro e nós temos médicos de família com idades avançadas”.

Berta Nunes acrescenta que a criação do Agrupamento de Centros de Saúde de ajudar a ultrapassar estas dificuldades, através de uma lógica de atribuição de incentivos aos profissionais que cumpram os objectivos. “Ao criarmos o agrupamento do centro de saúde também vai haver uma alteração da forma de gestão dos centros de saúde e uma das características importantes nesta reforma é negociar com os grupos de profissionais ou seja contratualizar”, esclarece Berta Nunes realçando que “eles comprometem-se a atingir determinados resultados e em troca têm determinado tipo de pagamentos e outros incentivos”.

No distrito de Bragança só há numa Unidade de Saúde Familiar. Está instalada em Torre Dona Chama, no concelho de Mirandela. Segundo Berta Nunes, há intenções de constituir mais unidades mas as candidaturas ainda não foram formalizadas. “Como isto depende da vontade do grupo de profissionais, eles têm que fazer uma candidatura”, afirma a coordenadora salientando que “até ao momento só tivemos a candidatura de Torre Dona Chama”. “Macedo chegou avançar, mas por motivo interno não avançou, e neste momento não temos mais candidaturas”, assinala Berta Nunes sublinhando que “há intenções mas não sabemos se vão avançar porque depende da iniciativa de um grupo de profissionais”.

Uma das soluções para inverter esta situação pode passar por alterar regras nas candidaturas que possam facilitar a adesão das zonas do interior às unidades de saúde familiares.