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Data da assembleia de credores da Sousa Camp já é conhecida

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Qui, 13/09/2018 - 09:15


A assembleia de credores vai ser realizada a 23 de Outubro. Este será o momento que ditará o futuro de empresa com mais de 400 trabalhares em Portugal e Espanha

O destino da Sousacamp, que já foi o maior produtor de cogumelos da Europa, sediado em Benlhevai, Vila Flor, vai ser decidido pelo Novo Banco em Outubro. Na passada semana, foi revertida a anulação de insolvência da maior empresa do grupo. Após um erro processual, tinha sido adiada a última assembleia de credores e em Maio foi revogada a sentença de declaração de insolvência da Varandas de Sousa. Mas, no passado dia 6, o tribunal confirmou mesmo a insolvência desta que é a principal empresa do grupo Sousacamp.

A decisão sobre o futuro do grupo vai ser decidida na assembleia-geral de credores marcada para o dia 23 de Outubro, sendo que o Novo Banco detém a maior fatia de créditos da dívida, mais de 34 milhões de euros. O segundo maior credor é o grupo Caixa Agrícola Mútuo, com 15,9 milhões de euros. Três entidades do Estado reclamam ainda quase 8 milhões de euros ao grupo.

Segundo fonte conhecedora do processo, o administrador de insolvência vai propor a manutenção de actividade e defender a viabilidade do grupo, alegando que “a actividade é rentável” por ser “uma empresa que tem 90% de quota de mercado em Portugal”. Ainda segundo, a mesma fonte garantiu que não houve despedimentos neste período, mantendo o grupo mais de 400 trabalhadores em Portugal e Espanha, e que está a cumprir os compromissos com salários, contribuições, impostos e fornecimentos.

Apesar desta situação, o presidente da câmara de Vila Flor, Fernando Barros acredita que a empresa não vai fechar portas e deposita um voto de confiança na empresa.

“É ali produzido um produto que o país precisa e que é exportado para a Europa, ou seja, há mercado para esse produto. Essa é a garantia, no meu entender que a Sousa Camp há-de ser uma empresa de Vila Flor com muito sucesso. O importante para nós é que a empresa continue a trabalhar, existe apetência pelo produto que é líder de mercado, daí o meu voto de confiança à Sousa Camp”, destacou Fernando Barros.

A falência do BES, no Verão de 2014, marcou o início da queda da empresa. No ano anterior, a Sousa Camp tinha iniciado a construção de uma unidade produtiva de cogumelos exóticos e outra de transformação de cogumelos em conserva (em lata e congelados), em Vila Real, que ficou por terminar.

Escrito por Brigantia
Foto Créditos: Sousa Camp

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro