Comerciantes descontentes com bloqueio de acesso a rua de Mirandela

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Qui, 14/08/2008 - 10:02


Os comerciantes da Rua Vale da Azenha, junto ao recinto da Reginorde, em Mirandela, estão descontentes com a recente decisão da autarquia de bloquear um dos acessos àquela rua. Alegam que esta decisão afasta ainda mais os potenciais clientes e provoca uma acentuada quebra no negócio.

 

O protesto já seguiu por escrito, dirigido ao presidente da autarquia, solicitando a sua presença no local, para verificar os prejuízos que esta decisão está a provocar. A autarquia responde que a decisão definitiva ainda não está tomada.

  

São cerca de uma dezena de comerciantes que estão revoltados com o fecho do acesso da avenida 25 de Abril à rua Vale da Azenha. Segundo os mesmos, os clientes cada vez são menos e não compreendem como é possível tomar decisões sem primeiro acautelarem os prós e contras das mesmas. “Fechar isto não é solução, uma rotunda era o ideal, na câmara não pensaram”, defende um comerciante. ”Não há trânsito que justifique fazer esta obstrução”, defende uma vendedora. “Já senti um decréscimo de vendas”, considera outro comerciante.

 

O vice-presidente da autarquia refere que a situação está a ser avaliada pelo departamento técnico, não sendo uma situação definitiva. Com as alterações que estão previstas para a Reginorde, com a colocação da nova esquadra de polícia, é importante estudar as alternativas para optimizar o trânsito nesta zona da cidade. “No âmbito de um processo de alterarmos os pontos negros na cidade temos andado a fazer algumas experiências”, explica o autarca referindo que “temos verificado as implicações que provocam aos comerciantes, neste momento está a ser feita uma avaliação”.

  

Já foi endereçada uma carta ao presidente da Câmara de Mirandela, onde é explicada a situação e solicitada uma visita do autarca para verificar pessoalmente o que se está a passar. “Entretanto escrevemos uma carta ao senhor presidente a convidá-lo a vir aqui para dialogar, mas pelos visto não deu com a rua, senão der resposta vamos fazer um abaixo-assinado com os comerciantes e vizinhos”.

 

António Branco garante que a visita será efectuada, logo que o presidente regresse de férias. “Nós vamos aparecer, neste momento o senhor presidente está de férias assim que ele regressar vamos passar junto dos comerciantes e ouvi-los”, garante o autarca.

 

Os comerciantes da Rua Vale da Azenha aguardam a visita de José Silvano, caso contrário será feito um abaixo-assinado contestando esta situação. Os comerciantes queixam-se ainda do pó e lixo provocado pelo estaleiro, da Câmara Municipal de Mirandela, que existe na feira do gado, dentro do recinto da Reginorde, obrigando os comerciantes a fechar as portas dos estabelecimentos sempre que existem cargas de material. "Aqui no largo da feira é uma lixeira”, lamenta um comerciante. “Esta lixeira da câmara, é areia, paralelos, alcatrão, é uma vergonha, no meio da cidade termos isto ao pé das casas, afirma outro vendedor. “Está muito mal aqui o estaleiro, até me admira a câmara ter aqui isto assim”, defende outro lojista.

  

António Branco, vice-presidente da autarquia mirandelense, mais uma vez refere que esta situação é provisória. “Essa situação está claramente ligada à alteração da forma de funcionar da feira”, explica o autarca referindo que essa situação “nunca foi definitiva”. “A câmara está trabalhar para que esse estaleiro saia daí brevemente”, garante.