Clube de caça e pesca de Freixo de Espada à Cinta desconhece queixas contra associados

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Qui, 13/10/2011 - 10:53


Tem de haver bom senso de parte a parte. É a resposta de António Teixeira, presidente da comissão administrativa do Clube de Caça e Pesca de Freixo de Espada à Cinta, às acusações de um empresário turístico.

António Teixeira diz que desconhece as queixas de desrespeito dos limites de segurança da Quinta da Ferradosa, em Freixo, por parte de caçadores do clube.

“Claro que tem de se usar de bom senso, mas tem de ser recíproco. Agora, eu, pelo menos, nunca recebi queixa nenhuma desse senhor nem tenho conhecimento de caçadores que lhe andem a invadir o perímetro”, assegura.

António Teixeira diz-se surpreendido com as acusações do empresário, pois confessa apenas ter tido uma conversa com ele já em 2006, um ano antes de abandonar a presidência do clube, que apenas retomou em Maio deste ano.

Na altura, esse encontro serviu apenas para lhe dar conta da legislação precisamente sobre os perímetros de protecção.

O responsável pelo clube nega ainda ter conhecimento de qualquer invasão dos limites de protecção em volta da Quinta da Ferradosa.

E desmente ter sido notificado para serem colocadas placas a assinalar a zona de protecção nesta zona de caça associativa.

“Não, não tenho nenhuma notificação para pôr placas, nem é nossa obrigação fazê-lo. Nem o clube recebeu qualquer queixa. A não ser que o meu antecessor, entre 2007 e 2011, tenha recebido alguma, que eu desconheço. O senhor Fernando só falou comigo naquela situação em 2006, em que eu lhe disse que estava prevista lei” [uma zona de protecção].

Por outro lado, confessa ter sido informado pela GNR de Miranda do Douro de que o empresário teria colocado placas proibindo a caça numa zona associativa, que se situa junto ao empreendimento turístico, uma acção com a qual não concorda, até por não estar prevista na lei.

Mesmo assim, mostra-se disponível para sensibilizar os caçadores para esses pormenores da legislação.

“Não foi preciso pedir-me nada. É meu apanágio informar os caçadores da lei da caça. Se eles não a cumprem, estão sujeitos a sanções disciplinares. Na altura em que apareceram as placas a proibir ali a caça, isso foi comentado, e eu chamei a atenção dos caçadores para a necessidade de cumprir a lei. Não são precisas placas a proibir. E o assunto tem-se abordado em reuniões. Se caçam a menos de 500 metros, estão a infringir a lei, e isso é problema deles, têm de ser fiscalizados. Esse senhor tem é de chamar as autoridades nessa altura”, frisa.

Até porque o actual presidente do clube de caça e pesca de Freixo de Espada à Cinta explica que há mecanismos para punir os transgressores.

“Não somos autoridade fiscalizadora, muito embora a lei da caça diga que somos obrigados a cumprir e a fazer cumprir a lei da caça. Mas o mais que podemos fazer é uma sanção disciplinar. Mas, só a GNR tem competência para fiscalizar, até porque é crime”, tal como caçar a menos de 500 metros de hospitais ou prisões, ou a menos de 250 metros de povoações.

Recorde-se que um empresário turístico de Freixo de Espada à Cinta se queixava ontem, aqui na Brigantia, de alguns caçadores se aproximarem demasiado do seu empreendimento, o que estaria a assustar os turistas.

Escrito por Brigantia