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CIM Terras de Trás-os-Montes pede alargamento do horário dos centros de saúde

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Qua, 26/01/2022 - 09:28


A Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes quer que o horário de funcionamento dos Centros de Saúde seja alargado até à meia-noite.

A CIM diz que é inaceitável que o acesso a um direito e serviço universal como é o caso da saúde continue com hora marcada. Por isso, os autarcas entendem que é necessário repensar toda a lógica de funcionamento dos centros de saúde que passaram a encerrar durante a noite e prever, no imediato, a abertura por mais duas horas.

Segundo o presidente da Comunidade Intermunicipal, Jorge Fidalgo, os problemas vêm crescendo e a preocupação da população também.

“A partir das 22 horas e das 20 horas aos fins-de-semana ficamos sem serviços de saúde nos concelhos, e sempre que há alguma urgência ou alguma necessidade, obviamente, que as pessoas têm de se deslocar para Bragança, Macedo de Cavaleiros, Mirandela ou até para Mogadouro. Isto cria insegurança nas pessoas, algumas nas aldeias estão muito distantes e quando chegam às sedes de concelho e ainda têm de fazer outra viagem para o hospital mais próximo, isto cria muitos constrangimentos”, sublinha.

Além do alargamento imediato do horário, a comunidade intermunicipal reivindica também que os centros de saúde fiquem abertos 24 horas por dia em períodos festivos como o Carnaval, Natal, Páscoa e férias de verão, bem como equipas à chamada.

“Estamos a reivindicar ou a solicitar o alagamento até à meia-noite, com o outro período da noite, da meia-noite às 8 da manhã à chamada, essa modalidade já existiu. Mas também reclamamos que nos períodos em que os nossos territórios têm mais gente, nos períodos festivos e de férias, que esteja aberto ininterruptamente 24 horas”, afirma.

Os nove municípios da CIM a pedir o alargamento de horário dos centros de saúde, por entender que a medida que viria solucionar muitos dos constrangimentos que as populações enfrentam no acesso ao serviço de urgência. Fragilidades que, diz a comunidade intermunicipal, colocam em causa o acesso mais equitativo aos cuidados de saúde, contribuindo para aumentar as assimetrias nacionais e regionais.

Também os concelhos da Associação de Municípios do Douro Superior tinham reclamado o alargamento de horários dos centros de saúde no período nocturno. Escrito por Brigantia.

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro