CIM Terras de Trás-os-Montes contesta encerramento das farmácias durante a noite em concelhos sem urgências

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Sex, 15/12/2017 - 11:12


Os municípios da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes estão preocupados com a intenção da alteração do decreto-lei que fixa o horário de atendimento das farmácias. 

Por proposta do governo e da associação nacional de Farmácias, nos concelhos onde não exista serviços de urgências, as farmácias só serão obrigadas a permanecer abertas até 1 hora após o fecho dos Centros de Saúde.

Berta Nunes, vice-presidente da CIM TTM, explica que os nove autarcas discordam desta proposta e temem que prejudique as populações no acesso aos medicamentos.

“Estamos preocupados porque tivemos conhecimentos de que se pretende que as farmácias possam fechar nos concelhos que não tenham urgência, uma hora depois do encerramento dos centros de saúde, não achamos que isso é uma boa medida, consideramos que isso vai diminuir o acesso das pessoas aos medicamentos”, afirma.

Actualmente durante a noite uma das farmácias de cada localidade está de serviços 24 horas para atender casos urgentes, situação que a CIM pretende que se mantenha porque “há situações em que embora um centro de saúde possa estar fechado as pessoas podem ter necessidade de ir à farmácia”.

Se o decreto-lei for aprovado, na comunidade intermunicipal Terras de Trás-os-Montes apenas em quatro concelhos as farmácias se mantêm a funcionar durante a noite, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Mirandela e Mogadouro. Os restantes cinco municípios (Alfândega da Fé, Miranda do Douro, Vila Flor, Vimioso e Vinhais) perderiam o serviço durante a noite.

A CIM TTM vai agora fazer chegar esta posição ao Ministério da Saúde e à Associação Nacional de Farmácias e pedir reuniões para tentar evitar a implementação desta medida considerada penalizadora para o interior e mais uma forma de contribuir para o despovoamento. Escrito por Brigantia.