Caso Giovani: sentença adiada

PUB.

Seg, 19/09/2022 - 16:54


Era para ser lida esta terça-feira, 20 de Setembro, a sentença dos arguidos envolvidos no caso de Giovani Rodrigues, mas acabou por ser adiada

O jovem cabo-verdiano morreu a 31 de Dezembro de 2019, depois de ter estado 10 dias em coma. Giovani Rodrigues terá morrido na sequência de uma rixa, à saída de um bar em Bragança. Estava acompanhado por mais três amigos, todos estudantes do IPB.

Em Janeiro de 2020, foram detidos oito homens, envolvidos na contenda, mas apenas sete continuaram a ser ouvidos em tribunal. Inicialmente três suspeitos estavam presos preventivamente e quatro em prisão domiciliária com pulseira electrónica, e respondiam a por quatro crimes de homicídio, um na forma consumada e os três restantes na forma tentada. Acabaram por ficar em liberdade devido ao fim do prazo limite de prisão preventiva e domiciliária, que é de um ano e meio.

Em causa estava se o jovem teria morrido de uma pancada, durante a rixa, ou de uma queda numas escadas na Avenida Sá Carneiro, enquanto tentava fugir. De acordo com o perito da autópsica, a causa da morte de Giovani Rodrigues foi uma lesão crânio-encefálica, que pode ter sido causada pelas agressões ou por uma pancada contra um objecto estático.

Nas alegações finais, o Ministério Público pôs de parte o crime de homicídio qualificado e pediu a condenação de apenas um dos arguidos, Bruno Fará, com pena nunca inferior a seis anos, por ofensas à integridade física qualificada com o resultado morte. O magistrado disse que não houve intenção homicida e descartou a co-autoria do crime, estando certo de que Giovani morreu por causa de uma “pancada seca”, dez dias depois. Quanto aos restantes seis arguidos, pede a sua absolvição no caso, no entanto, quer que os arguidos Carlos Rebelo e Filipe Liberato sejam condenados a uma pena de multa, pelo crime de posse de arma proibida.

Escrito por Brigantia

Jornalista: 
Ângela Pais