Associações juvenis estão a aumentar em Trás-os-Montes

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Seg, 10/12/2018 - 11:26


O número de associações juvenis está a aumentar na região de Trás-os-Montes. Esta foi uma ideia vincada no II Encontro das Associações Juvenis do distrito de Bragança que teve lugar em Macedo de Cavaleiros, no passado sábado.

São cerca de 70 associações no distrito de Bragança com um trabalho singular em áreas distintas, como refere Tito Resende, presidente da federação das associações juvenis do distrito (FAJUVISDB): “a constituição da federação também tem ajudado a que o movimento aumente. Em Mirandela, vão ser criadas duas novas associações proximamente. No distrito, é em Bragança que se foca o maior número de associações. Todos os concelhos têm associações com alguma visibilidade e com um trabalho regular. Algumas delas já têm um orçamento com um grande impacto económico”.

No entanto, o dia foi marcado por críticas ao regime jurídico do associativismo jovem. A vice-presidente da federação nacional das associações juvenis (FNAJ), Cátia Camisão destaca o descontentamento dos movimentos juvenis quanto à nova categoria de associação.

“O que o governo propõe agora é a criação de uma nova categoria. O movimento entende que não faz sentido porque vai criar confusão no movimento, que de alguma forma já estava estruturado num determinado sentido. Esta nova categoria será muito ambígua e ainda ninguém percebeu ao certo o que ela pretende ser, porque basicamente vão conseguir acolher quase todas as associações que existem independentemente de serem juvenis ou não, desde que ao longo do ano tenham 50% de actividades dirigidas a jovens. Ou seja, vai abrir aqui um leque muito alargado de associações”, destacou a vice-presidente da FNAJ.

Outra alteração prende-se com o limite de idade do presidente da associação juvenil, nos 30 anos.

“Depois temos o critério da idade que tem sido algo também muito debatido e amplamente discutido no sector. O que a lei prevê é que as associações não possam ter na sua direcção elementos com mais de 30 anos. Ou seja, irá fazer com que muitas associações passem por muitas dificuldades. A lei vai ser aplicada em todo o país, mas tem de ter em atenção que existem territórios que padecem de desertificação. Muitas vezes os jovens têm que abandonar estas regiões por causa de trabalho”, acrescentou Cátia Camisão.

Neste encontro, a Azimute recebeu o prémio associativismo jovem 2018 atribuído pela FAJUVISDB. Declarações à margem do II Encontro das Associações Juvenis do distrito de Bragança.

Escrito por Brigantia

 

 

Jornalista: 
Maria João Canadas