Qui, 26/06/2008 - 08:06
A CNA entregou um documento reivindicativo ao ministério da agricultura exigindo medidas de apoio contra o aumento dos preços dos combustíveis, mas por enquanto ainda não obteve resposta.
Armando Carvalho, da CNA alerta para crise que o sector da agricultura está a viver. “Os agricultores já não aguentam, a agricultura é um sector muito frágil, muito débil, está a passar problemas muito grandes e o senhor ministro da agricultura continua a assobiar para o lado como se não houvesse problemas”, defende Armando Carvalho. “Queremos que o governo tome medidas, é nessa perspectiva que no dia 2 de Junho, mais uma vez, os agricultores transmontanos não deixarão de estar em força para conseguirmos obter do governo aquilo que são as cinco grandes medidas que nós estamos avançar” diz Armando Carvalho referindo que “pensamos que o governo não tem outra alternativa senão dialogar, e satisfazer parte daquilo que são as reivindicações dos agricultores trasmontanos”. “A agricultura trasmontana tem futuro desde que o governo tome medidas no sentido de poder desenvolver os sectores mais rentáveis, mais lucrativos”, acrescenta.
Para fazer valer as reivindicações a CNA apresentou ao governo um conjunto de propostas aqui recuperadas por Armando Carvalho. “Essa questão do imediato desconto fiscal ao gasóleo agrícola, a reprodução da ajuda à electricidade verde para uso agrícola, o escoamento a preço justo para os principais produtos agrícolas, para não acontecer o que aconteceu este ano com parte da batata que ficou em armazéns a apodrecer porque não houve capacidade para escoar, não obstante o preço muito desvalorizado que este produto tinha no mercado”, salienta o representante da CNA. “O problema da segurança social e alguma reposição no que diz respeito às medidas agro ambientais que o PRODER não contemplou, que infelizmente milhares de agricultores ficaram de fora”, afirma Armando Carvalho.
O dirigente regional da CNA espera um número significativo de agricultores na manifestação. “Nós estamos a ter uma grande receptividade por parte dos agricultores, das estruturas associativas e daqui até lá contamos chegar ao maior universo” assinala Armando Carvalho concluindo que “procuramos um número bastante significativo que expresse o descontentamento, que não haja duvidas acerca do descontentamento que os agricultores têm neste momento”.
A concentração está marcada para o dia 2 de Julho na zona agrária de Chaves, de onde seguirá uma marcha lenta de 10 quilómetros com máquinas agrícolas.