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Agências de viagens têm quebras de mais de 90% e não têm reservas para natal e ano novo

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Qui, 26/11/2020 - 10:47


Esta seria normalmente uma das épocas altas do ano para as agências de viagens, com o aumento de vendas para férias de natal e fim de ano, mas em plena segunda vaga da pandemia o negócio está parado.

As poucas pré-reservas estão em suspenso até se saber como vai evoluir a situação epidemiológica e quais as restrições à circulação para o próximo mês.

Miguel Alves, que tem uma agência de viagens em Bragança, conta que normalmente marcava muitas viagens para a passagem de ano e também para férias na neve, mas este ano simplesmente não há reservas. “Sempre se vendiam algumas [viagens] para réveillon e férias para a neve e agora a procura é mínima ou praticamente nula. Não temos reservas mesmo para lado nenhum. As reservas antecipadas que tínhamos marcadas ficaram suspensas, sem data marcada, porque é muito imprevisível, não sabemos quando se vai poder viajar novamente”, sublinhou.

O empresário queixa-se de uma redução na procura que ronda os 90% desde Setembro. “A empresa consegue sobreviver a gastar as economias que se pouparam o ano passado”, referiu.

Solange Morais de outra agência de viagens também estima em 90% as quebras, em relação ao ano passado e as reservas para esta que era uma das épocas altas da agência estão igualmente a zero. “As pessoas também estão reticentes, já com toda a situação do Covid faz as pessoas terem receio de sair de casa e também em reservar porque depois não sabem se poderão realizar a viagem ou não. Mesmo estadias em Portugal, há um pedido ou outro mas depois acabam por não se concretizar. Neste momento confirmadas não temos nenhuma reserva”, afirmou.

A situação não parece vir a ser ultrapassada nos próximos tempos, porque as pessoas se deparam com a incerteza em relação às restrições nos destinos de viagem, mesmo em Portugal.

O sector do turismo queixa-se de ser um dos mais afectados nesta pandemia e nem o verão salvou o ano para as agências de viagem, que só esperam começar a retomar algumas marcações mais frequentes a partir da primavera ou do verão com esperança que a vacina chegue.

Escrito por Brigantia.

Jornalista: 
Olga Telo Cordeiro