Qua, 01/10/2008 - 08:23
Depois da passagem a sociedade anónima, a Estradas de Portugal está agora a organizar-se em centros operacionais.
Na região Norte, vai ficar sedeado em Vila Real que para além deste distrito abrange ainda Braga, Bragança e Viana do Castelo.
Para Adão Silva a constituição desse centro operacional vai ser feita à custa do esvaziamento das delegações distritais. “Vão ser canalizados meios e vão ser enviadas para lá as pessoas, retendo funções e competências” afirma, acrescentando que a delegação “vai ser esvaziada para favor um serviço mais central.
Por isso quer esclarecimentos por parte do Ministério das Obras Públicas para saber “qual o número de funcionários, as funções, os meios e as competências que vão sair de Bragança”.
Para o social-democrata, esta situação vai implicar o reencaminhamento para Vila Real das dezenas de funcionários que trabalham na delegação de Bragança da Estradas de Portugal. “As pessoas saem por reforma antecipada ou ficam na mobilidade especial e outros terão de se deslocar para Vila Real” refere.
Adão Silva não tem dúvidas de que este esvaziamento poder levar ao esquecimento de alguns problemas com a rede viária do distrito de Bragança. “Este centro operacional vai gerir os investimentos em reabilitação e manutenção de estradas e se vai ser assim fica mais distante a capacidade de fazer investimento no distrito” refere. “Está mesmo a ver-se que Bragança vai ficar cada vez mais periférica no processo de distribuição de investimento para a melhoria de estradas”.
O deputado lamenta ainda que esta situação seja mais um contributo para o esvaziamento demográfico do distrito de Bragança.