2000 professores na manifestação dos docentes em Bragança

A avaliação dos professores foi um dos temas mais discutidos ao longo da manifestação que começou em frente à Câmara Municipal de Bragança, mas não era o único motivo apontado pelos docentes para a reivindicação contra o Governo.  “Falta de respeito por uma vida de trabalho, muitos anos de trabalho para sermos tratados assim, nem sequer é um problema de avaliação porque sempre fomos avaliados”, diz uma das manifestantes

Joaquim Salgueiro, do Sindicato dos Professores da Zona Norte explica quais os problemas que afectam a região trasmontana, no que diz respeito à docência. “Uma avaliação de professores que coloca os professores dependente dos resultados dos seus alunos, vamos ser avaliados pelos resultados dos alunos, isto é um contra-senso”, afirma Joaquim Salgueiro.

O SPLEU (Sindicato dos Professores Licenciados pelas Escolas Superiores de Educação e Universidades) também marcou presença na manifestação. Para Carlos Silvestre está na hora dos professores se unirem. “Pretendemos continuar unidos, não só enquanto esta situação se mantiver, mas que de futuro isto sirva de exemplo e que há a necessidade urgente dos professores pensarem todos no mesmo sentido”, garante Carlos Silvestre. O dirigente sindical acrescenta ainda que, “os sindicatos existem para defender as pessoas, e as pessoas devem começar acreditar nos sindicatos, eu sei que houve no passado motivos para desconfiar, mas penso que perante o que se tem passado nos últimos três anos está na hora das pessoas se unirem”.

Segundo o Sindicato dos Professores do Norte são esperados, no próximo sábado em Lisboa, 7 autocarros do distrito de Bragança para a “Marcha da Indignação”.