Empresário queixa-se que caçadores não respeitam limite de segurança do seu empreendimento

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Qua, 12/10/2011 - 10:49


Um empresário de turismo de Freixo de Espada à Cinta queixa-se que alguns caçadores do concelho não respeitam os limites de segurança junto ao seu empreendimento. Fernando Nogueira diz que tem tido problemas desde que abriu a Quinta da Ferradosa, em 2006, mas que se agravaram este ano.  

Os problemas já têm cinco anos, mas agudizaram-se no início deste mês.

De acordo com a lei, pode ser pedida uma protecção especial numa área de 500 metros envolvente à propriedade, coisa que o empresário diz que fez.

Mas na abertura da época oficial de caça à lebre e ao coelho, Fernando Nogueira queixa-se de ter visto a propriedade invadida por cinco caçadores.

Quando os confrontou, ainda foi insultado.

“Foi logo na abertura. Este ano propunha-me a colocar umas placas, autorizado pela Autoridade Florestal, mas não tive tempo de as colocar. A GNR disse-me para as pôr mas, mesmo sem elas, os caçadores, em princípio, respeitariam a zona de protecção. Mas logo no primeiro dia tive o espaço invadido por cinco, que me insultaram e deram mesmo um tiro de intimidação para o ar. Isto assim não pode continuar”, frisa.

O empresário acusa o clube de caça e pesca de Freixo de Espada à Cinta de nada fazer perante as suas queixas, e que já perdeu clientes por causa disso.

“Contactei os responsáveis do clube que não me deram ouvidos e disseram apenas que os caçadores conheciam a lei, mas os problemas continuavam. Chegaram a cair chumbos em cima das pessoas que, com crianças pequenas, saíram daqui em pânico.”

Fernando Nogueira diz, no entanto, que não tem suspeitos.

“Não, porque ali é um sector onde afluem muitas perdizes e coelhos. Aquilo é uma zona associativa concessionada ao clube de caça e pesca daqui”, garante.

O empresário teme agora pela sua segurança e pede que haja “bom senso” porque “isto vai encaminhar-se para uma situação de confronto”. Fernando Nogueira gostava, por isso, “que as autoridades chamassem a atenção aos responsáveis do clube”. “Se faço aqui um investimento de milhares de contos é para ter rentabilidade. A caça e o turismo devem ser complementares e não conflituantes.”

A GNR confirma que foi chamada ao local no início do mês, e que já notificou quer o proprietário do espaço turístico quer o clube de caça e pesca para serem colocadas placas a sinalizar o espaço de protecção.

A Brigantia tem tentado, por diversas vezes ao longo dos últimos dias, o contacto com o Clube de Caça e Pesca de Freixo de Espada à Cinta mas o número de contacto indicado tem estado sempre indisponível.

Escrito por Brigantia